quinta-feira, 30 de junho de 2011

Minha sede é clara...


"Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que cada vez aumenta ainda mais a minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma outra alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo de poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara."

“Me escondo dessas tuas histórias que me enredam cada vez mais no que não és tu, mas o que foste. Tento fugir para longe e a cada noite, como uma criança temendo pecados, punições de anjos vingadores com espadas flamejantes, prometo a mim mesmo nunca mais ouvir,nunca mais ter a ti tão mentirosamente próximo, e escapo brusco para que percebas que mal suporto a tua presença, veneno, veneno,às vezes digo coisas ácidas e de alguma forma quero te fazer compreender que não é assim, que tenho um medo cada vez maior do que vou sentindo em todos esses meses, e não se soluciona, mas volto e volto sempre,então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conheceras regras, me deixo tomar por inteiro por tuas estranhas liturgias,a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar,talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu. Tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo…

Acredito (...)

"Acredito nos olhos de quem está apenas observando, 
aprendendo, sem julgamento. 
Acredito que existe um lugar para mim
assim como existe lugar para todo mundo. 
Porque existe lugar para todo mundo. 
É só procurar... Eu acredito. Acredito no tempo. 
O tempo é nosso amigo, nosso aliado, 
não o inimigo que traz as rugas e a morte. 
O tempo é que mostra o que realmente valeu a pena, 
o tempo nos ensina a esperar
o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida."

Caio F.

Polisipo



Polisipo em grego, significa ''pausa na dor''. Têm sido, estes dias, polisipos.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quem sabe um dia...



Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro.

Não se perca



Saudade saudade saudade saudade saudade saudade saudade saudade. Amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor. Todos os beijos já existentes e não existentes todos os beijos os beijos dados mais os que estão por dar. Não se perca. Não se esqueça. Viver bem é a melhor vingança.

Look-around



Quando a gente está se sentindo assim é só olhar em volta - dar o tal de look-around -, aí você vai ver que não está tão mal assim.

Paixão deve ser coisa discreta


"Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Para uma avenca partindo


(...)deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente(...)

Saberíamos


Poderíamos casar , teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

E hoje?


´Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?´

Deveria ser verdade



´E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem.´



terça-feira, 21 de junho de 2011

Depois de me ler


Esperamos que gostem do visual novo do blog... 


Hoje quero escrever qualquer coisa tão iluminada e otimista que, logo depois de ler, você sinta como uma descarga de adrenalina por todo o corpo, uma urgência inadiável de ser feliz. Ser feliz agora, já, imediatamente. E saia correndo para dar aquele telefonema, marcar um encontro, armar um jantar, quem sabe um beijo; para comprar aquela passagem de avião, embarcar hoje mesmo para Nova York, Paris, Hononulu. Tão revigorado e seguro – depois de me ler – que nada, absolutamente nada, dará errado: ela (ou ele) atenderá com prazer (em todos os sentidos) ao seu chamado, haverá saldo no banco para a passagem e muitos dólares. Tudo se organizará rápida e meio magicamente, como se todos os astros e todos os deuses só esperassem por um momento seu para derramar sobre sua cabeça, digamos, uma cornucópia de bem-venturanças.